sexta-feira, 24 de maio de 2013

bullying homofóbico



Qualquer tipo de bullying é, por convenção, a realização de atitudes que envolvem a agressão verbal ou física, feita de modo repetido e intencional, causando assim dor e angústia a quem o sofre. O objetivo do agressor é, geralmente, intimidar, ofender e humilhar outra pessoa sem dar a ela a possibilidade ou capacidade de se defender.
O bullying homossexual envolve tudo isso, mas o principal tema das ofensas é outro: a possível ou aparente sexualidade. Isso significa quem ninguém precisa ser gay pra sofrer bullying homofóbico.Basta que  o menino não seja como um dos “machões” da sua turma, ou mesmo que ninguém tenha ficado sabendo de algum “rolo” de alguma das meninas da sala.
O bullying sempre existiu, em escala menor ou maior. Quem de nós nunca foi alvo de risadas dos “amigos” por ser, pra eles, gordo demais, magro demais, orelhudo demais, alto, baixo, inteligente, por usar óculos, por ter o cabelo assim ou assado, por ter um tênis novo ou por não o ter… A verdade é que em um ambiente escolar, praticamente tudo é motivo pra bullying, só que o bullying homofóbico (assim como o racista) vai além: é um ato preconceituoso e criminoso.
Homofobia é o termo usado para chamar qualquer tipo de discriminação e/ou aversão aos homossexuais, assim, o bullying homofóbico é sim um ato de homofobia, mesmo que seja cometido por crianças ou adolescentes.
Eu acredito que a principal causa da existência do bullying homossexual é realmente o preconceito que, infelizmente, ainda está enraizado em grande parte da nossa sociedade e que é praticamente passado de pai pra filho, junto com o que ainda resta da “cultura” de sociedade patriarcal. Assim, a criança é criada de forma a ser contra a homossexualidade ou a qualquer tipo de diferença, e pode, por acreditar que isso é o certo, influenciar outras crianças¹ a fazerem parte das agressões.
Qualquer criança que apresente algum tipo de característica de uma sexualidade fora do “padrão” pode se tornar uma vítima desse tipo de violência, mesmo que ela não seja homossexual ou ainda nem tenha “se descoberto” homossexual. Vale acrescentar aqui, que“existe homofobia em todas as 44 escolas pesquisadas, entre 2010 e 2011, pela organização não governamental Instituto Ecos – Comunicação e Sexualidade”.
Um grande tipo de desrespeito com os alunos LGBT vem também por parte dos professores,que quase nunca pensam na possibilidade de ter uma pessoa homossexual na sua classe e, assim, não tornam suas explicações ou ações adequadas a elas de uma forma inclusiva. Podemos citar como exemplo a divisão que ainda existe em muitos colégios, onde meninas são separadas dos meninos na aula de educação física e só podem realizar alguns tipos de atividades: menina não joga futebol e menino não joga vôlei.
Depois que a violência verbal tem início, ela vai se agravando pouco a pouco e começa a se refletir no comportamento da criança, que pode se tornar mais retraída, ficar menos sociável e mais triste, apresentar medo, além de alguns sintomas que podem ser notados em casa, como mudança de comportamento, pesadelos e medo ou aversão à escola. As vítimas também são mais propensas realizar automutilação, cometer suicídio e iniciar atividades perigosas à sua saúde, o bullying pode, ainda, influenciar gravemente no desempenho dos alunos e aumentar a taxa de evasão escolar.
Além disso, é importante ressaltar que o bullying não ocorre só na escola. Ele pode acontecer em casa, entre vizinhos, no condomínio, no prédio onde a criança mora ou em qualquer outro local que ela frequente.
O que não se aprende em casa é dever do professor tentar ensinar. Assim, ao contrário do que muitos acreditam, o papel do professor é extremamente importante na ruptura das agressões e na manutenção do respeito dentro e fora da sala de aula. Trazer a diversidade para dentro da escola e fazê-la ser respeitada é indispensável à manutenção dos direitos humanos.
O grande problema do controle efetivo do bullying homofóbico está na falta de conhecimento sobre o assunto e até mesmo no preconceito nutrido pelo próprio professor. É por isso que relatos sobre professores que simplesmente ignoram o que está acontecendo não são poucos. Assim, vemos a grande necessidade de tornar todos os profissionais de educação, e não só os professores, entendedores de todos os temas que envolvem a questão de identidade de gênero, de orientação sexual e de tudo que isso envolve, além da necessidade de inclusão do tema nos livros didáticos, o que abrange as novas configurações familiares. Ainda podemos colocar aqui o fato de que muitos professores certamente enfrentam o medo de denunciar, impedir o bullying ou de trabalhar a temática da diversidade em sala e serem, por isso, julgados como homossexuais em seu local de trabalho, o que também geraria discriminação e bullying homofóbico contra eles.
Outro ponto agravante do bullying homossexual é o silêncio da vítima, principalmente em casa. Isso ocorre porque muitas delas ainda não se assumiram pra família ou, se já o fizeram, talvez não possam contar com o apoio de quem deveria protegê-los. Assim, as agressões se tornam uma verdadeira tortura psicológica e/ou física, que se repete dia após dia e que por vezes não tem fim.
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terça-feira, 21 de maio de 2013

Tataravó comemora 99 anos com descida de rapel

Rowans Hospice/BBC
Uma tataravó inglesa comemorou seu aniversário de 99 anos descendo de rapel um prédio de 11 andares e 35 metros de altura na cidade de Portsmouth, no sul da Inglaterra.

Doris Long, atual detentora do recorde de pessoa mais idosa a fazer rapel, realizou a descida com cordas para quebrar a própria marca e arrecadar dinheiro para um asilo.

Conhecida como Daring Doris ("Doris Ousada", em tradução livre), ela completou seu primeiro rapel aos 85 anos e, desde então, completou oito descidas para angariar fundos para a mesma instituição.

Depois de completar a nova descida, Doris foi recebida por funcionários do asilo com um bolo de aniversário e um cartão assinado por todos eles.

Tempo bom

Falando ao jornal local "Portsmoth News", ela disse que se sentiu ótima durante a façanha. "Eu não me sinto com 99. Me sinto mais com se tivesse 60."

"O tempo estava bom, não estava ventando muito, então eu não fiquei balançando como um pêndulo lá em cima", disse.

A idosa também falou de seus planos de fazer novas descidas de rapel no futuro.

"Nesta mesma época no ano que vem, espero, e depois disso", afirmou.
Fonte: UOL

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domingo, 19 de maio de 2013

Gay adota neta de traficante e a transforma em ‘Mini Miss Brasil’


Antes da conquista, garota viveu o drama de perder a visão do olho direito. Para a capixaba Ana Clara, superação deve-se ao carinho do pai adotivo.
No Espírito Santo, a oportunidade que Ana Clara teve é bem diferente da realidade de crianças com mais de três anos que esperam para ser adotadas. Em todo o estado, segundo o Tribunal de Justiça (TJ-ES), 132 crianças e adolescentes esperam por um novo lar e o número de pretendentes habilitados passa de 750, mas em geral, a adoção de recém-nascidos e menores de dois anos é preferência entre esses pais. Para incentivar essa ação, foi criada a I Campanha de Incentivo à Adoção Tardia, no município da Serra, na Grande Vitória, que acontece de 19 a 24 de maio.
O pai adotivo Guto Ferrares, de 25 anos, contou que os pais biológicos da filha eram foragidos da polícia e ela morava com os avós, em Colatina, no Noroeste do estado, mas eles tinham envolvimento com o tráfico de drogas e foram presos. Ana Clara acabou morando com vizinhos por algum tempo.
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Mas as dificuldades não pararam por aí. “Quando ela morava no bairro São Judas Tadeu, em Colatina, um bandido da comunidade foi preso e os moradores resolveram soltar fogos para comemorar. Um dos foguetes caiu em cima da casa que ela morava e o telhado explodiu. Um pedaço bateu direto no olho direito dela e a cegou”, contou Guto.
A história de Ana Clara chegou aos ouvidos do pai adotivo através de uma amiga da mãe dele, que é moradora de Colatina. Guto contou que se comoveu com a história e como já tinha vontade de ser pai, mas nenhuma pretensão de se casar, resolveu ver se havia alguma maneira de adotar a garota. “Três meses depois do acidente, a menina fez uma cirurgia no olho e foi nesse dia que a gente se conheceu. Fui bem devagar com ela, de início não falei que eu a adotaria, falei que era um amigo e que ela passaria uns dias comigo, para ver se gostava”, lembrou.
EV 1318
Mini Miss Brasil
Já adaptada à nova casa, Ana Clara Ferrares contou ao pai que sempre teve o sonho de ser modelo, mas se considerava aleijada por ser cega de um olho. O apoio e o conhecimento de Guto foram essenciais para que a menina não desistisse de suas ambições. “Sou missólogo, um preparador de beleza de misses e misters, então tive segurança para conversar com ela sobre isso. Expliquei que ela não era aleijada, que era bonita e poderia ser o que quisesse. Contei que existem modelos de todos os tipos, até mesmo uma que é surda”, explicou.
Um dia, a menina pediu para começar a competir em concursos de miss, acreditando que o pai seria o primeiro a apoiá-la, mas essa não a primeira reação. “Tinha medo que ela perdesse algum concurso e ficasse para baixo, não queria vê-la sofrer. Mas ela cabou contando tudo para a psicóloga dela, que me ‘deu um puxão de orelha’, falou que seria importante para ela”, disse.
Desde então, a garota passou a colecionar títulos. Em 2011, ela ganhou o Mini Miss Espírito Santo 2012. No ano seguinte venceu o Mini Miss Brasil Fotogenia 2013 e foi chamada para a seleção do Mini Miss Espírito Santo Oficial, que também venceu. No dia 27 de abril deste ano, ela ganhou o Mini Miss Brasil Oficial e agora vai disputar, na categoria dela, o concurso de Miss Universo em Buenos Aires, no fim deste ano.
Ana Clara gostou tanto da experiência que agora faz parte de seus projetos para o futuro continuar desfilando. “Eu descobri que adoro participar de concursos e desfiles e quero seguir uma carreira.”

terça-feira, 14 de maio de 2013

Saiba como identificar um smartphone falso para não ser enganado

Com o estrondoso sucesso e popularização dos smartphones em todo o mundo, as grandes fabricantes do setor têm sido constantemente alvos da falsificação de seus principais modelos. Diante de cópias cada vez mais perfeitas, compradores em potencial deverão ficar bastante atentos no momento da compra. Pensando neste tema, o TechTudo elencou as principais dicas para que você possa fugir dessas armadilhas e saber se um aparelho é mesmo o original.

Selo da Anatel
Para que as fabricantes de celulares possam comercializar seus modelos no mercado brasileiro, elas deverão, primeiramente, submeter seus dispositivos à homologação da Anatel. Tal processo visa o atendimento de requisitos e normas adotadas no país. Uma vez homologado, o smartphone deverá apresentar atrás de sua bateria ou no manual do usuário um selo com o logotipo da agência reguladora.
Caso você pretenda adquirir um dispositivo no mercado brasileiro, fique atento a esse detalhe, e exija que o mesmo possua o selo da Anatel. Porém, caso compre um aparelho no exterior, ele não virá com o selo do órgão brasileiro, então outros detalhes deverão ser analisados para verificar se o produto é original.
Suposto Galaxy S4 sem o logotipo da fabricante (Foto: Divulgação) (Foto: Suposto Galaxy S4 sem o logotipo da fabricante (Foto: Divulgação))
Suposto Galaxy S4 sem o logotipo da fabricante
Samsung (Foto: Reprodução)
Comparação de imagens e verificação do nome
Outro ponto que deve ser observado com muito cuidado é a aparência do smartphone. Atualmente, modelos falsificados estão cada vez mais parecidos com os originais, e para não ser enganado, verifique minuciosamente detalhes como o logotipo da fabricante, a localização dos botões, a espessura do aparelho, as bordas e o nome do dispositivo. Qualquer característica suspeita pode significar que o produto é uma cópia “pirata”.
Especificações técnicas
Ao colocar um dispositivo à venda, é absolutamente normal e indicado que lojas e sites disponibilizem as especificações técnicas do produto. Partindo desse pressuposto, é fundamental que os compradores verifiquem tais informações nos sites oficiais das fabricantes e as confrontem com aquelas disponibilizadas pela lojas. Qualquer diferença entre as características do aparelho pode mostrar logo de cara que o dispositivo é falso.
É cada vez mais comum, por exemplo, observarmos em anúncios da Internet, smartphones “Galaxy″ sendo anunciados com configurações variadas como tela de 3 polegadas, suporte a três chips, 1 MB de memória RAM, etc. Se você conferir no site da fabricante, poderá constatar que tais características estão aquém daquelas especificadas para o modelo original.
Portanto, fique atento a estes detalhes, e confira com bastante calma os dados técnicos do dispositivo que você deseja comprar.
Hiphone e iPhone 4S lado a lado: aparelhos semelhantes no design, mas com especificações muito diferentes (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Comparação entre o xing-ling Hiphone e o original iPhone 4S (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)

Compras em sites e lojas confiáveis
Se você costuma receber e-mails de sites ou lojas desconhecidas, as quais anunciam aparelhos famosos por preços bem abaixo do normal, desconfie. Antes de efetivar uma compra pela Internet, é muito importante que o comprador verifique a reputação do vendedor que está oferecendo o produto.
Com o objetivo de alertar aos consumidores a respeito das armadilhas da Internet, o Procon-SP divulgou uma listagem com 275 sites não recomendados para compras na web. Assim, sempre garanta que o site ou a loja seja certificada, e evite comprar produtos eletrônicos em páginas de leilões e produtos usados, a não ser que tome conhecimento de todos os detalhes.
Etique impressa com o número do IMEI, na caixa de um Samsung Galaxy S2 Lite (Foto: Reprodução/Thiago Bittencourt) (Foto: Etique impressa com o número do IMEI, na caixa de um Samsung Galaxy S2 Lite (Foto: Reprodução/Thiago Bittencourt))
Número do IMEI fica na caixa do celular (Foto:
Reprodução/Thiago Bittencourt)
Número IMEI
Outra forma de constatar a legitimidade de um smartphone é pela verificação do número internacional de identificação do aparelho, o chamado IMEI. Geralmente, aparelhos falsificados não possuem este número, ou, então, adotam uma numeração clonada.
Para descobrir o IMEI de um smartphone, o consumidor possui duas opções distintas: digitar *#06# no teclado do aparelho e verificar a etiqueta impressa colada em sua caixa. É importante que tanto o número apresentado no visor quanto o da caixa do dispositivo sejam idênticos.
Garantia e Nota Fiscal
Por último, esta dica pode parecer bastante óbvia, mas muitos consumidores não se atentam à necessidade de exigir a nota fiscal e o certificado de garantia do dispositivo no momento da compra. Ao ser enganado, e comprar um aparelho falsificado, com toda certeza você não conseguirá obter o suporte técnico da fabricante que também foi lesada. E neste caso, você realmente constatará quais são os malefícios de adquirir um dispositivo falso.

Fonte: Globo
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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Tempestades solares mais fortes do ano são registradas


Em menos de 24 horas, o Sol registrou suas duas maiores tempestades do ano. Ambos os eventos foram do tipo X, o mais forte na classificação desses eventos solares.
A Nasa anunciou que a primeira tempestade aconteceu na noite de domingo e foi classificada como X1,7. Pouco depois, ao meio-dia desta segunda, aconteceu uma ainda mais forte, do tipo X-2,8.
As erupções solares são classificadas pelos cientistas conforme seu brilho em raios X um um determinado intervalo de comprimento de onda. As de classe X são grandes erupções, que podem desencadear a suspensão de diversas atividades eletromagnéticas e afetar a comunicação da Terra.
Composição de imagens mostra erupção solar do fim de semana
As de classe M são erupções de média intensidade e afetam sobretudo os polos, podendo haver rápidos bloqueios nas emissões de rádio. Já as de classe C são pequenas erupções e não afetam a Terra.
Os dois eventos emitiram uma grande quantidade de radiação ultravioleta, além de terem ejetado massa coronal (plasma solar) a altas temperaturas.
Nenhum planeta estava na "linha de fogo" da fúria solar, mas é possível que o material ejetado atinja sondas da Nasa.
Os cientistas esperam que, nas próximas 24 a 48 horas, seja possível saber mais informações sobre a mancha solar das explosões, como o tamanho, a intensidade magnética e a possibilidade de novas explosões.
A tendência é que as explosões solares continuem. O Sol tem ciclos de atividade de 11 anos, em que se alternam períodos mais intensos e outros de calmaria. O pico de atividade do ciclo atual está previsto para o fim deste ano.

Fonte: UOL

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sábado, 11 de maio de 2013

Cortar as pontas faz o cabelo crescer mais rápido? Descubra esse e outros mitos

Cortar as pontas faz o cabelo crescer mais rápido? E dormir com ele molhado, faz mal? Veja a resposta para essas e outras questões sobre cabelos comentadas pela dermatologista Dra. Christiana Blattner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Cortar as pontas faz o cabelo crescer mais rápido? Descubra esse e outros mitos title=
- Cortar os cabelos faz com que cresçam mais rápido?
Não. “A ponta dupla enfraquece os cabelos, por isso cortar com frequência elimina esse problema. Mas, se você cortá-lo mais do que um centímetro por mês, vai encurtá-lo, pois o cabelo não cresce mais rápido do que isso. O corte também não ajuda a combater a queda”, esclarece a dermatologista. De acordo com ela, muitas vezes o tratamento pode ser feito com a reposição de aminoácidos e vitaminas.
- Lavar os cabelos todos os dias enfraquece os fios?
Pelo contrário. Segundo a Dra. Christiana, lavar os cabelos diariamente é benéfico, pois reduz a oleosidade do couro cabeludo, que é um importante fator de queda dos fios.
- Calvície nas mulheres pode ser tratada?
Sim. Segundo a Dra. Christiana, embora seja mais marcante e visível nos homens, a calvície também pode afetar as mulheres. “A alopecia [nome dado ao problema] muitas vezes começa a se manifestar na adolescência, quando ocorrem alterações hormonais, mas, por ser discreta, muitas mulheres não se queixam nesse período. Após a menopausa, com novas alterações hormonais, o problema se agrava”, explica. O tratamento é feito com suplementos nutricionais, tratamentos hormonais, shampoos e loções adequados ou via laser, que ajuda na melhor absorção dos medicamentos e recuperação da espessura do cabelo e estimula o crescimento de novos fios.
- Dormir de cabelo molhado enfraquece os fios?
Não. “O que acontece é que eles ficam marcados, perdendo o seu balanço natural. Neste caso, há mais lenda do que propriamente um problema”, esclarece. No entanto, a especialista explica que ir com o cabelo molhado para a cama impede a evaporação da umidade concentrada na raiz, o que pode irritar o couro cabeludo, levando a uma dermatite irritativa.
- Estresse pode causar queda de cabelo?
Sim. Em períodos de estresse, ocorre a liberação de cortisona, que aumenta a oleosidade do couro cabeludo e, consequentemente, a queda. “A pele, no geral, também fica mais oleosa em situações de estresse, por isso é comum o aparecimento de acne nesses períodos”, explica a especialista.
Fonte: UOL

Spray salino ajuda a conquistar cabelo despojado de praia

Para deixar o cabelo com uma textura mais encorpada ao fio, dando mais volume, a novidade é o spray salino, que garante também um aspecto desalinhado de cabelo de quem acabou de sair da praia, mesmo no inverno.

Spray salino ajuda a conquistar cabelo despojado de praia title=
O spray salino é feito à base de água salgada e outros ativos que hidratam os fios. “Ele reproduz o efeito da água do mar e proporciona uma textura gostosa ao fio”, explica o Raphael Vogler, hairstylist do Crystal Hair Leblon, no Rio de Janeiro.
O produto pode ser usado todos os dias e pode até mesmo ser deixado de um dia para o outro. Para aplicar, o hairstylist explica que basta borrifar o spray nos fios e amassar com as mãos. “Pode ser aplicado tanto no cabelo úmido quanto no cabelo seco, e pode ser reaplicado e amassado ao longo do dia. É indicado para o dia a dia, para festa ou qualquer outra ocasião, basta querer um efeito despojado chique”, diz.

Fonte: UOL

Pitbull convoca torcida do Icasa para o jogo deste domingo


O atacante Adalgiso Pitbull participou, nesta quinta-feira, do programa Notícias das Cidades, da TV Vale Verde, e convocou a torcida para o grande jogo deste domingo diante do Guarany de Sobral.
Atletas, comissão técnica e diretoria executiva estão empenhando-se ao máximo para conclamar toda a torcida icasiana para o jogo de volta das semifinais do Campeonato Cearense. No primeiro confronto, o Icasa perdeu por 3 a 0 para o Guarany de Sobral e por isso pede o apoio do torcedor para reverter este resultado.O atleta comentou sobre o clima de otimismo e expectativa para o grande confronto. "Os atletas estão focados e cientes do panorama que iremos encontrar neste domingo, mas com a presença do nosso torcedor, sairemos vitoriosos", declarou Pitbull.

Passagem do cometa Ison vai cobrir Terra de poeira em 2014


A primeira jornada do cometa Ison pelo Sistema Solar pode formar uma chuva de meteoros bem diferente na sua passagem próxima a Terra. Considerado o cometa do século 21, uma sonda da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) detectou que o Ison, que é maior do que a Austrália, está arremessando cerca de 50,8 mil quilos de poeira por minuto no espaço.
Paul Wiegert, pesquisador da Universidade de Western Ontario, nos Estados Unidos, criou um modelo computacional para definir a trajetória do cometa e calculou que essa poeira fina vai atingir a Terra em janeiro do ano que vem.
"Durante vários dias, em especial em 12 de janeiro de 2014, a Terra passará por um fluxo de poeira muito fina produzida pelo cometa Ison em seu caminho para o Sol. E essa chuva de meteoros pode ter propriedades interessantes", avisa o pesquisador de meteoros.
A fina chuva de meteoros vai atingir várias partes do globo terrestre no mesmo instante, prevê modelo de Wiegert, já que sofrerá influência do Sol e da Terra.  Como as partículas liberadas pelo cometa são muito pequenas, com diâmetros menores do que um glóbulo vermelho de sangue humano, elas serão empurradas pela pressão dos raios de Sol ao mesmo tempo que serão capturadas pela gravidade terrestre. 
Sem estrelas cadentes
Mas essa chuva de meteoros incomum dificilmente será vista do nosso planeta. Devido ao tamanho, os pequenos grãos do cometa não conseguirão passar pela atmosfera do nosso planeta.  Mesmo se forem arremessados a uma velocidade de 56 km/s, eles devem parar nas camadas superiores sem explodir nem formar estrelas cadentes.
"Então, em vez de queimar e emitir um flash de luz, as partículas vão cair suavemente em direção à Terra", explica Wiegert. Essa queda será tão lenta - pode levar dias, meses e até anos para que ela assente na superfície terrestre - que vai impedir de ser um fenômeno visível no céu do planeta.
O único sinal detectável do rastro de poeira do Ison provavelmente será uma proliferação de nuvens azuis sobre os polos da Terra. Essas "nuvens brilhantes", dizem os astrônomos, poderiam ser ativadas pela poeira cósmica nas altas camadas da atmosfera do mundo.
Fonte: UOl
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segunda-feira, 6 de maio de 2013

NASA admite descoberta secreta em Marte. Vida não é certamente



Lição n.o 1 para um cientista a braços com algo que ainda não pode revelar: nunca dizer a um jornalista da rádio mais prestigiada dos Estados Unidos que os dados que tem em mãos são avassaladores (“earthshaking”, nas palavras de Joe Palca, um dos repórteres mais famosos da NPR). Lição n.o 2: não acrescentar que esses mesmos dados “são daqueles para os livros de História”. As declarações de John Grotzinger, investigador principal da equipa do novo robô marciano da NASA, Curiosity, foram publicadas há três dias. Delas nasceu o rumor científico do ano: a NASA está só a fazer as últimas validações antes de anunciar algo bombástico relacionado com a nova missão em Marte, o robô Curiosity, que procura ir mais longe na resposta à pergunta “há ou terá havido condições de vida no planeta vermelho?” Daí a começarem a imaginar-se provas irrefutáveis de haver alienígenas, ainda que bactérias, foi um passinho.
O facto de os norte-americanos estarem por esta altura do ano a gozar o Dia de Acção de Graças torna complicado medir o entusiasmo entre a comunidade científica mais próxima dos trabalhos da NASA. Para já, a principal aposta é que a suposta descoberta terá a ver com sinais de material orgânico em rochas recolhidas no planeta. Estas estão a ser analisadas num conjunto de três instrumentos a bordo do robô, chamados Sample Analysis at Mars (SAMS), “que ajudam a perceber a composição química do planeta vermelho”, disse ao Douglas Vakoch, do Instituto de Pesquisa de Vida Extraterrestre (SETI), desculpando-se com o feriado nacional para dar respostas mais breves do que o habitual.
Já Paul Davies, investigador da Universidade do Arizona – e um dos pais da teoria de que as primeiras moléculas de vida chegaram à Terra a bordo de meteoritos, e que estas poderão ter surgido inicialmente no planeta vermelho –, afastou qualquer hipótese de a NASA ter descoberto vida em Marte, até porque não tem equipamento para isso no local.
“O Curiosity não tem a decorrer experiências de detecção de vida e não está directamente à procura de vida.” A maior descoberta que a NASA poderia ter feito, diz Davies, seriam as tais moléculas orgânicas. “Mas estas podem vir de material de meteoritos que caíram em Marte e não são uma prova de vida, apenas química básica. É de esperar que o robô encontre este tipo de lixo de meteoritos.”
Química básica como oxigénio? As respostas são curtas, porque Davies está a correr para apanhar um avião. “Não, um nucleótido. O oxigénio não é uma molécula orgânica.” Mas os nucleótidos não são os blocos do ADN? É possível encontrá-los assim isolados, sem estarem numa forma de vida? “Quase de certeza, mas as tentativas para recriá-los no laboratório nunca correram bem. Mesmo assim, não seriam uma prova de vida, mas ia ter impacto.”
Os resultados do escrutínio aos dados que entusiasmaram Grotzinger ao ponto de não se conter durante uma visita de Joe Palca ao Laboratório Jet Propulsion da NASA, em Pasadena, na Califórnia, só serão divulgados no encontro anual da União Americana de Geofísica, na primeira semana de Dezembro. No rescaldo do boato, Guy Webster, porta-voz da agência espacial, explicou que o investigador estava encantado com a qualidade e a variedade de informação que recebeu no dia da visita do repórter, mas que isso não indicia nada de estrondoso. “Já esteve assim entusiasmado noutros momentos da missão”, disse ao “Sydney Morning Herald”. Quanto ao livro de História, Webster explicou que a expectativa é que toda a missão do Curiosity, que aterrou em Marte em Agosto e tem três anos de trabalho pela frente, venha a constar dos manuais.
Longe destas respostas oficiais, continuamos a tentar perceber. Davies diz que tem sido difícil sintetizar nucleótidos, mas uma notícia de 2009 mostra que a equipa de John Sutherland, da Universidade de Manchester, teve sucesso. As provas de que é possível manufacturar ingredientes de vida misturando açúcar, fosfato e uma base saíram na “Nature”. Deste lado do oceano, Sutherland não está de folga mas também vai de viagem. “Ainda não vi esses rumores acerca de Marte mas a síntese de ribonucleótidos (os constituintes do ARN como os nucleótidos são do ADN) em condições pré-bióticas [na ausência de vida] é, na minha opinião um problema resolvido”, explicou ao i. “A descoberta deste tipo de matéria orgânica em Marte não seria necessariamente prova de vida, mas pode ser a prova de condições condutoras à vida.”
Quanto ao secretismo, que irá alimentar especulações até Dezembro, Vakoch é quem mais ajuda: “A NASA está a seguir os procedimentos da boa ciência. Quando uma experiência sugere que fizeste uma grande descoberta, os resultados devem ser confirmados antes de serem tornados públicos.” Dawn Sumner, do Departamento de Geologia da Universidade da Califórnia, é quem está mais perto de Pasadena. Além disso, já trabalhou com John Grotzinger. É por isso a fonte mais próxima do segredo. Acredita que o anúncio da NASA será a primeira prova de vida extraterrestre? “Não. É pura especulação dos media com base numa frase publicada fora do contexto”, disse ao i. “Só quando os dados estiverem suficientemente validados serão públicos. Depois, cabe aos cientistas de todo o mundo reanalisá-los. E isto é assim para todas as descobertas significativas, dos seixos que sugerem leitos de água a sinais de que não há metano na atmosfera.”

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Cabelos lindos no verão


Confira 10 mandamentos para manter os cabelos lindos no verão


Cabelos lindos no verão
Todo mundo sabe que se expor ao sol sem proteção pode causar danos à pele e aos cabelos também, deixando-os quebrados, secos e com frizz.              

Falta de filtro solar capilar, chapéus e produtos adequados contribuem e muito para que esse quadro fique ainda mais evidente logo nas primeiras semanas do verão. Mas dá tempo de reverter a situação, fique tranquila.
Para o hairstylist Elias de Oliveira, membro da equipe técnica da Lacan Cosméticos, especializada em tratamento capilar, na bolsa de uma mulher no verão não pode faltar um reparador de pontas. Ele deve ser reaplicado sempre que necessário para preservar a hidratação dos fios. E para deixar os cabelos bonitos no verão a dica é usar sempre produtos com proteção solar.
"Use produtos com proteção UV e abuse dos finalizadores, dependendo do tipo de cabelo. Complemente os cuidados com protetores físicos, no caso chapéu ou boné feitos com tecidos que permitem a respiração do couro cabeludo", indica.
Elias fez uma listinha com os 10 mandamentos do cabelo saudável. Preste atenção.
Mandamento 1: use leave in com FPS nos fios secos (ou úmidos) 30 minutos antes da exposição ao sol. Dê preferência aos que são enriquecidos com filtro solar e que agem por meio dananotecnologia e proteína termoativada. Reaplique o produto sempre que houver necessidade, principalmente, após o mergulho ou suor excessivo.
Mandamento 2: evite prender o cabelo. Aliás, presilhas e elásticos desencapados causam a quebra dos fios.
Mandamento 3: alimentos com aminoácidos do tipo cistina, arginina são responsáveis pelo substrato do fio capilar. Abuse da gelatina!
Mandamento 4: o condicionador deve ser usado e pode até ser acompanhado da máscara capilar sempre que você lavar o cabelo para reforçar a hidratação. Dica: use primeiro a máscara, que é mais concentrada em ativos, para que estes sejam absorvidos pela cutícula do cabelo que está aberta. Depois finalizar com o condicionador, que complementará o que faltou de ativos e selará a cutícula, ajudando na hidratação.
Mandamento 5: sempre que possível dê um tempo ao secador ou use na temperatura menos quente.
Mandamento 6: faça hidratação profunda semanalmente para repor a umidade natural dos fios.
Mandamento 7: chapéu e boné também fazem parte da proteção contra os raios UV. Lembrando que o chapéu tem que ser de palha e o boné de algodão para o couro cabeludo respirar.
Mandamento 8: após lavar o cabelo, deixe-o solto de três a seis horas para que não fique opaco e quebradiço.
Mandamento 9: a escolha do produto certo é fundamental para tratar o cabelo. Não compre os cremes simplesmente porque estão na moda, mas sim aqueles que atendem ao seu tipo de cabelo.
Mandamento 10: evite a água quente nos fios. Se possível, finalize com um jato de água fria.            

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Quantas horas por dia você fica sentado?


Ficar muito tempo sentado pode ser prejudicial à saúde

Quantas horas por dia você fica sentado

Se você trabalha o dia inteiro sentado, cuidado! Passar muito tempo nessa posição pode prejudicar a saúde. É possível que a dor não venha agora, mas pode aparecer em breve.

Essa atitude provoca o aumento de índices de gordura corporal e a compressão de vasos linfáticos. "Também pode gerar dores na lombar e no trapézio", adiciona Marcelo Sant’Anna, profissional de educação física da Academia Smart Fit, destacando que as consequências mais sérias estão relacionadas à coluna.
Ainda segundo ele, mesmo fazendo exercícios, se a rotina exige que uma pessoa permaneça sentada por muitas horas, ela também pode ser acometida pelos problemas mencionados. Porém, nesse caso, há uma maior resistência corporal, o que reduz o sofrimento com os malefícios que venham a surgir.
Para todos, são recomendados alongamento. Sant’Anna acrescenta que a postura correta é fundamental para quem passa horas sentado, como as pessoas que trabalham em frente ao computador e precisam ficar nessa posição por muito tempo. "Deve-se manter a coluna ereta, com as costas apoiadas e a lombar respeitando a curvatura da cadeira, e os ombros abertos e não curvados", ensina.
Para evitar problemas mais sérios, é indicado levantar a cada 30 minutos para proporcionar um relaxamento muscular e, se possível, realizar um alongamento rápido, esticando as pernas. Pequenas caminhadas também podem ajudar, por exemplo, levantar para pegar água ao invés de deixar uma garrafa sobre a mesa e ir ao banheiro com frequência, que também pode evitar problemas na bexiga.
São atitudes importantes para você se mexer um pouco e, assim, não passar oito horas sentada direto na frente do computador, evitando prejudicar sua saúde. Então, nada de ficar parada!

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Pobre Eike Batista



CAINDO REAL O sonho de Eike –  tornar-se o homem mais rico do mundo – ficou mais difícil de realizar (Foto: Patrick Fallon/Bloomberg via Getty Images)No livro O X da questão, uma autobiografia escrita com o jornalista Roberto D’Avila e lançada em 2011, o empresário Eike Batista narra a própria trajetória no mundo dos negócios e dá sua receita para o sucesso. Eike era, então, o homem mais rico do Brasil e o oitavo do mundo, com uma fortuna pessoal estimada em US$ 30 bilhões (cerca de R$ 60 bilhões ao câmbio atual). No livro, Eike exalta a própria capacidade de transformar projetos em ouro e sua facilidade para captar bilhões no mercado financeiro. Fracassos anteriores, como uma fábrica de jipes e uma empresa de encomendas expressas que ele tentara montar, entram na história apenas para reforçar o êxito que viria depois. “Uma convicção se forjou em mim desde muito cedo: você cresce com as dificuldades. Ou ‘estresses’, como prefiro chamar”, diz Eike. “O estresse separa os homens dos meninos, os verdadeiros empreendedores dos que jamais montariam um negócio por sua própria conta e risco.”
tombo dolorido (Foto: reprodução/Revista ÉPOCA)
Eike não dá sinal, em nenhum momento do texto, de que estava prestes a viver o maior estresse de sua vida empresarial. Nas autobiografias precoces, o capítulo seguinte acaba escrito pela vida real – e, no caso de Eike, não seria o mais brilhante da história. Pouco depois de lançar o livro, as coisas começaram a desandar, no maior teste para sua capacidade de crescer na adversidade. Seu império bilionário, erguido velozmente em sete anos, começou a desmoronar em ritmo ainda mais rápido.

O estouro da “bolha Eike” transformou-se em tema de conversas entusiasmadas em Brasília, Londres e Nova York, nos bancos e na Bolsa de Valores, nos jornais e nas mesas de bar. Ele formou um dos maiores grupos empresariais do Brasil, com projetos bilionários em áreas-chaves da economia, como petróleo, energia, logística, construção naval e portos. No total, estima-se que eles já tenham consumido mais de R$ 50 bilhões, entre recursos captados na Bolsa e empréstimos feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por bancos comerciais, estatais e privados. “Apesar das dificuldades vividas pelo grupo, é prematuro dizer que ele quebrará”, afirma o presidente de um grande banco do país. Desde já, porém, pode-se dizer que o Eike que sobreviverá deverá ser uma fração daquele que parecia ter conquistado o Everest dos negócios. “Eike nunca mais voltará ao patamar em que estava”, diz Luiz Cezar Fernandes, sócio da Gradual Investimentos, de São Paulo, e fundador do antigo banco Pactual, que deu origem ao BTG Pactual.
>> Eike Batista cai 93 posições no ranking de mais ricos da Forbes

As dificuldades de Eike têm repercutido negativamente no exterior, onde muitos investidores haviam apostado em seu sucesso comprando papéis emitidos pelas empresas do grupo. Os principais veículos de economia e negócios, que antes exaltavam Eike, noticiaram em reportagens recentes os problemas que ele enfrenta. No final de março, o Wall Street Journal publicou um artigo com o título “Para Eike Batista, a realidade chegou”. No início de abril, uma reportagem da revista Forbes dizia que “Eike Batista está se tornando rapidamente o pobre menino rico do Brasil”. “Outro dia, durante uma viagem de negócios ao exterior, encontrei um grande investidor estrangeiro com muito caixa para aplicar, sempre em busca de oportunidades no Brasil”, diz um gestor brasileiro de fundos de risco. “Ele investiu um bom dinheiro nos negócios do Eike e estava louco da vida. Quando perguntei se ele continuaria a investir no Brasil, ele disse: ‘Me arruma um brasileiro sério, em quem eu possa confiar, que eu invisto agora’.”
Em 2012, Eike foi, disparado, o maior perdedor no ranking dos maiores bilionários globais. Passou de 7º para 100º lugar na lista da revista americana Forbes. Em um ano, sua fortuna pessoal diminuiu em dois terços. Passou de US$ 30 bilhões para US$ 10,6 bilhões – uma perda equivalente a US$ 53 milhões por dia ou US$ 2,2 milhões por hora. Trata-se de um golpe duro para quem costumava alardear, em tom de chacota, que não sabia se ultrapassaria o mexicano Carlos Slim, primeiro colocado na lista, “pela esquerda ou pela direita”. As principais empresas do grupo EBX, que Eike controla, fecharam 2012 no vermelho. (Todas as empresas de Eike têm, na sigla do nome, a letra X, o símbolo da multiplicação.) O prejuízo total ficou em R$ 2,5 bilhões. Só a OGX, do setor de petróleo, perdeu R$ 1,1 bilhão. Na BM&F Bovespa, o valor de mercado dos maiores empreendimentos de Eike caiu, de R$ 54,7 bilhões, na data de lançamento das ações, para R$ 16 bilhões, na última sexta-feira, 26 de abril. 
As razões da queda
O que, afinal, aconteceu? Como um dos mais promissores e ousados empreendedores brasileiros, alguém capaz de encantar Wall Street, passou, de uma hora para outra, a depender da ajuda do governo para não quebrar? Para entender as razões da queda de Eike, é preciso penetrar nos detalhes da complexa estrutura empresarial que ele construiu em torno da letra X. Como na Xanadu do imperador mongol Kublai Khan, descrita pelo poeta romântico Samuel Coleridge, o castelo de Eike foi projetado em torno de jardins de fertilidade, de onde o mel verteria como gotas de orvalho e seria possível tomar o leite do Paraíso. Suas árvores eram identificadas pelas siglas OGX, OSX, LLX, MMX, MPX e CCX. No centro, a petrolífera OGX, anunciada como uma nova Petrobras. Como na Xanadu descrita por Coleridge, porém, o castelo de Eike foi erguido no ar.

A maior falha de Eike foi não entregar o que prometera em seus projetos, em especial no caso da OGX. Ela chegou a representar três quartos do grupo em valor de mercado, em 2011. Hoje, representa um terço. Dos 30 blocos exploratórios de petróleo que a OGX detém, só três estão em funcionamento e, mesmo assim, com produção limitada. A promessa era, já em 2011, extrair por dia 20 mil barris de petróleo, com apenas um poço em operação. Em março passado, a OGX produziu 15.100 barris por dia nos três poços que opera – 25% abaixo da meta. Não há, de acordo com os analistas, perspectiva de aumento até 2014. A própria empresa informa que seriam necessários 70 mil barris por dia para o balanço sair do vermelho. “Companhia de petróleo não é para qualquer executivo chegar lá e fazer”, afirmou na semana passada a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, durante palestra na Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo, em um recado velado a Eike.
NO AUGE Lançamento de ações da petrolífera OGX na BM&F Bovespa, em junho de 2008. O momento favorável do mercado facilitou o maior lançamento de ações da história da Bolsa (Foto: Michel Filho/Ag. O Globo)
De acordo com um ex-executivo do grupo X, Eike deveria ter se concentrado no aumento da produção dos primeiros poços. Em vez disso, gastou a maior parte do dinheiro captado de bancos e investidores para furar novos poços. O objetivo era passar ao mercado a percepção de que encontrara mais petróleo e, assim, captar mais recursos para financiar sua expansão.

A produção em marcha lenta afetou as demais árvores plantadas, em torno da OGX, no Xanadu de Eike. A missão da OSX, um estaleiro, seria fornecer navios para transportar o petróleo da OGX – ou, nas palavras de Eike, seria uma “Embraer dos mares”. Em menor escala, o desempenho da OGX afetou também a LLX, uma empresa de logística responsável pela construção do Porto de Açu, no Rio de Janeiro, criado para atender principalmente os petroleiros da OSX. Contaminou até as outras três companhias de Eike com ações negociadas na Bolsa – a MMX, do setor de mineração, criada para ser uma “mini-Vale”, a MPX, de energia, e a CCX, cujo principal ativo é uma mina de carvão na Colômbia.

Como um bom vendedor, Eike embalou bem os projetos que apresentou aos investidores, com a promessa de gerar resultados em prazos relativamente curtos. A certa altura, começou a ficar claro que ele não cumpriria suas metas. Com isso, a credibilidade de Eike, conquistada em negócios anteriores na área de mineração ficou seriamente arranhada. Como costuma dizer o próprio Eike, “o capital é covarde”. Subitamente, as portas se fecharam para ele. A bicicleta, impulsionada pelo dinheiro farto dos bancos e do mercado de capitais, parou de girar. O caixa para tocar os projetos e honrar as dívidas de suas empresas, sem o ingresso das receitas planejadas, ficou curto. “Eike foi tão bom vendedor de seus projetos e sonhos que ele mesmo acreditou na fantasia”, diz o economista Rodrigo Constantino. “A sensação é que ele juntou o egocentrismo e a megalomania evidentes e surtou. Ficou tão grande que se achou invencível.”
>> Eike Batista: "É preciso ter algum tipo de estresse"

De repente, o que antes era “vendido” por Eike como virtude quando as coisas iam bem – a interdependência dos projetos da OGX, OSX e LLX –, passou a trabalhar contra quando as coisas começaram a ir mal. Eike sabia tudo de mineração – um fato reconhecido pelo mercado –, mas quase nada de petróleo e gás quando decidiu investir no setor. Projetos que encantaram os investidores tinham problemas. O grupo nega, mas empresários que atuam no setor de infraestrutura afirmam que a construção do Porto de Açu foi iniciada sem os estudos geológicos necessários. Segundo eles, isso obrigou a LLX, responsável pelo empreendimento, a instalar estacas mais profundas do que se previa inicialmente, em razão do terreno arenoso, quase um mangue. Isso aumentou os custos. Empresários de mineração afirmam também que o minério de ferro da MMX tem baixa qualidade e exige muita água para ser limpo – informação também contestada pelo grupo de Eike. Resultado: mais custos de produção.

Como se não bastassem as árvores de seus projetos bilionários na área de infraestrutura, Eike plantou também diversas outras plantas e arbustos em seu Xanadu. Está envolvido na exploração de ouro, por meio da AUX, e na produção de chips, por meio da SIX Semicondutores, cuja fábrica fica em Ribeirão das Neves, Minas Gerais. É dono de um restaurante de comida chinesa e do Hotel Glória, no Rio, em reforma. Tornou-se sócio do empresário Rubem Medina no Rock in Rio, por meio de sua empresa de entretenimento, a IMX. Criou até o próprio time de vôlei, o RJX, com jogadores de seleção brasileira, como Bruninho e Dante. Agora, quer assumir a gestão do Maracanã, que deverá reabrir oficialmente para o público em junho, com um amistoso entre Brasil e Inglaterra, pouco antes da Copa das Confederações. Pretende, ainda, implementar um projeto urbanístico que inclui um prédio na Marina da Glória, um dos principais cartões-postais cariocas. “Eike abriu demais o leque”, afirma um banqueiro com experiência na reestruturação de empresas. “Se ele tivesse escutado o pai (o ex-presidente da Vale Eliezer Batista), teria feito metade dos investimentos que fez. Agora, está pagando o preço da ousadia.”

Uma intensa rotatividade de executivos, pouco usual em empresas de grande porte, ampliou as dúvidas sobre a habilidade de Eike para tocar os negócios e manter os talentos necessários a seu desenvolvimento. Desde 2010, Eike trocou em suas empresas nada menos que 31 altos executivos, entre eles nove presidentes. Seduzidos pelas promessas de bônus generosos, boa parte em ações, muitos saíram quando Eike os convidou a aplicar parte do que haviam recebido nas próprias empresas, cujos papéis estavam em queda, após a quebra do banco americano Lehman Brothers, em 2008.
A queda (Foto: reprodução/Revista ÉPOCA)
A maior e mais conflituosa perda de Eike naquele período foi o engenheiro Rodolfo Landim. Ele fora trabalhar com Eike em maio de 2006 como seu braço direito. Saiu em abril de 2010, por não ter concordado em diminuir seus bônus e ceder parte das ações que recebera para capitalizar os negócios de Eike. Ex-funcionário de carreira da Petrobras com respeitável conhecimento técnico do setor, Landim galgara os degraus mais altos na estatal, como presidente da BR Distribuidora e da Gaspetro. Com Eike, liderou as operações bem-sucedidas de lançamento das ações de cinco empresas do grupo X na Bolsa – MMX, MPX, LLX, OGX e OSX. Pelas contas de Landim, a MMX, a primeira a abrir o capital, valia R$ 600 milhões quando ele chegou. Quatro anos depois, quando saiu, o grupo se multiplicara e se diversificara. Valia R$ 82,4 bilhões. No período em que esteve com Eike, Landim acumulou um patrimônio pessoal estimado em R$ 200 milhões, entre salários, bonificações e ações, algo como R$ 50 milhões ao ano.

Hoje, dono de sua própria petrolífera, a Ouro Preto Petróleo e Gás, e sócio da Mare Investimentos, uma empresa de gestão de recursos, Landim disputa com Eike uma ação na Justiça que poderá torná-lo quase R$ 500 milhões mais rico. Ele cobra uma participação de 1% na holding pessoal de Eike, a Centennial Asset Mining Fund, com sede no Estado americano de Nevada, que controla grande parte de suas ações nas empresas do grupo X. Segundo Landim, essa participação lhe fora prometida num bilhete escrito por Eike numa viagem de avião de Londres para o Rio de Janeiro, em dezembro de 2006. A Justiça entendeu, porém, que o manuscrito não tinha valor jurídico e rejeitou o pedido de Landim em segunda instância. Seu advogado, Sergio Tostes, entrou com um embargo declaratório no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, para questionar se Eike não violou o “princípio da boa-fé”, ao alegar que o bilhete não tem valor jurídico, apesar de reconhecer que ele o escreveu e o assinou. A decisão final da corte ainda está pendente.

No começo de 2013, depois de 50 dias trabalhando como vice-presidente da EBX, a holding do grupo, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, pediu demissão. De acordo com quem convive ou conviveu com ele, Eike escuta bem menos as opiniões
de seu pessoal do que diz em seu livro. “O Eike é um cara complicado”, diz Landim. “Ele gosta que as pessoas o elogiem o tempo todo.”
As relações com o governo
Eike tem boas relações em várias esferas do governo e com políticos – do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governador do Rio, Sérgio Cabral. Foi um dos principais doadores de recursos para as campanhas eleitorais de ambos e também da presidente Dilma Rousseff. Eike também doou R$ 1 milhão para o filme Lula, o filho do Brasil, lançado em 2009. Em janeiro, a bordo do jatinho de Eike, Lula o acompanhou numa visita ao Porto de Açu. 

Conseguiu uma audiência com Dilma para conversar sobre a crise de seus negócios. “Eike Batista não é diferente de nenhum outro empresário”, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

ÉPOCA revelou dias atrás a operação hospital que era articulada em Brasília para ajudar Eike a sanar os problemas do Porto de Açu. O empreendimento ainda não atraiu investimento suficiente para torná-lo sustentável sem os embarques de petróleo da OGX previstos no projeto. A pedido de Lula, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, acionou o embaixador brasileiro em Cingapura, Luís Fernando Serra. Ele atuou como intermediário para tentar convencer a empresa SembCorp Marine a transferir o estaleiro Jurong Aracruz do Espírito Santo para o Porto de Açu. Com a divulgação do lobby de Eike, a operação foi abortada.
>> Consórcio de empresa de Eike Batista oferece R$ 180 milhões pelo Maracanã

A Petrobras é candidata a tomar parte no socorro ao grupo X. A estatal nunca manifestara interesse em se instalar em Açu, mas informou que poderá usar o porto de Eike como base de petroleiros. Também poderá encomendar navios e plataformas à OSX, que tem capacidade ociosa. Talvez até adiante algum dinheiro para a empresa de Eike, antes mesmo de receber as encomendas. “É um negócio, não se trata de ajuda”, afirmou Graça Foster, da Petrobras, ao comentar as negociações com o grupo X. “Como o Eike se dimensionou para uma OGX muito maior, ele agora tem braços especializados e equipamentos, mas não tem óleo, enquanto a Petrobras tem óleo, mas não tem equipamentos suficientes para fazer a extração”, diz um banqueiro familiarizado com as negociações. “Deve haver um ponto de intersecção construtivo para as duas companhias.”
Tudo ao mesmo tempo (Foto: Custódio Coimbra, Paulo Nicolella/Parceiro/Ag. O Globo, Buda Mendes/LatinContent/Getty Images (3) e Pedro Teixeira/Parceiro/Ag. O Globo)
Também se discute no governo o leilão de um trecho que ligará o Porto de Açu à malha ferroviária nacional. O BNDES, que irrigou generosamente as empresas do grupo X, poderá conceder novos créditos ou até comprar mais ações – hoje, o banco já detém participações relevantes em duas, CCX e MPX, de 11,72% e 10,34%, respectivamente. Na semana passada, o BNDES anunciou um crédito suplementar de quase R$ 1 bilhão para a mineradora MMX. Nascido para operar por conta própria, longe dos úberes generosos do Estado, o grupo de Eike poderá se tornar cada vez mais dependente das benesses oficiais.

A operação salvamento de Eike também tem outros atores. No início de março, uma parceria foi fechada com o BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, para reestruturar o grupo X. Apoiada pelos principais credores, ela incluiu uma linha de crédito adicional de R$ 1,3 bilhão, além dos cerca de R$ 300 milhões que o BTG já emprestara a Eike. Como Eike, Esteves cultiva boas relações em Brasília, e seu apoio poderá ajudar o grupo X a receber dinheiro do governo. O retrospecto de Esteves no mercado financeiro sugere que dificilmente ele se envolveria com os negócios de Eike se não acreditasse que é possível salvá-los e lucrar com isso. ÉPOCA apurou que, se tiver sucesso, sua remuneração deverá ser calculada com base na valorização dos papéis de Eike na Bolsa, tendo como base o dia do fechamento da parceria, em 6 de março. Até agora, a reação dos investidores não correspondeu às expectativas. Os preços das ações da OGX caíram cerca de 40% desde então. Em 2014, se a empresa aumentar a produção de petróleo, é possível que haja um salto nas cotações.
O impacto da crise
Numa reviravolta inimaginável até pouco tempo atrás, Eike é hoje lembrado mais por suas dívidas que por sua fortuna, mais pelas dificuldades de seus negócios que por suas conquistas. Só o BNDES emprestou R$ 10 bilhões ao grupo, incluindo o crédito à MMX em abril. Desse total, estima-se que Eike ainda esteja devendo R$ 5,5 bilhões ao BNDES. Como boa parte dos empréstimos foi repassada às empresas do grupo por bancos comerciais, são eles que assumem o risco das operações, e não o BNDES, diz um dos credores. A exposição direta do BNDES ao grupo X é, segundo ele, inferior a R$ 500 milhões – R$ 109 milhões, de acordo com Eike.

No total, incluindo os repasses do BNDES, os bancos comerciais têm cerca de R$ 16 bilhões emprestados às empresas de Eike. Perto de R$ 3 bilhões foram concedidos à EBX, holding do grupo, pelo Itaú Unibanco e pelo Bradesco, os maiores credores, a maior parte com garantia em ações das empresas. Nos últimos meses, a desvalorização dos papéis gerou desconforto nos dois bancos, especialmente no Itaú, que passou a cobrar novas garantias e ameaçou não renovar os empréstimos. No final, o problema parece ter sido resolvido, ao menos temporariamente.

Ainda é preciso incluir na conta cerca de US$ 3,6 bilhões (R$ 7,2 bilhões) em papéis emitidos pela petrolífera OGX no exterior e vendidos a investidores privados. Somando todas as dívidas do grupo, o total gira em torno de R$ 25 bilhões, além dos cerca de R$ 27 bilhões captados no mercado acionário. A Moody’s, uma das maiores empresas internacionais de classificação de risco, anunciou em abril o rebaixamento da avaliação da OGX e deixou aberta a possibilidade de fazer novo rebaixamento no futuro. Curiosamente, a desvalorização dos papéis até agora foi menor que a das ações da empresa.

Para tentar contornar essa situação dramática, o BTG sabe que é preciso, antes de tudo, resgatar a confiança dos investidores. Na visão do banco, MMX, MPX e CCX, além da AUX, a mineradora de ouro, de capital fechado, são projetos que funcionam de forma relativamente independente. A LLX também é um caso visto como menos problemático que OGX e OSX, pois é um projeto que pode ser implementado em fases, de acordo com a demanda e a disponibilidade de caixa. “O grande problema são as empresas que começam com O”, diz um executivo envolvido na parceria. São aquelas que dependem de óleo. 
Uma equipe de sócios e executivos do BTG está mergulhada no grupo X, para fazer uma avaliação de cada negócio e adequar a gestão a novas metas. Como o grupo X precisa gerar caixa rápido, está em andamento uma renegociação das dívidas. Poderá haver redução do ritmo ou até a paralisação de projetos. A venda de participações e de ativos também deverá reforçar o caixa. No final de março, foi anunciada a venda de metade da participação de Eike na MPX para a E-On, maior empresa de energia da Alemanha, por R$ 1,4 bilhão. Agora, há rumores de que o BTG está negociando a venda de uma fatia da OGX, o epicentro da crise, para a Lukoil, segunda maior petrolífera da Rússia, ou para a Petronas, a estatal de petróleo da Malásia.

No final, a participação de 60% a 70% que Eike detém no capital das empresas do grupo X deverá diminuir para 20% ou 30%, como no caso da MPX. As empresas precisam de sócios que entrem com dinheiro para ajudar a levar os projetos adiante. Eike, em vez de se envolver no dia a dia, deverá continuar no Conselho de Administração das empresas. Só coletará dividendos se – e quando – as empresas derem lucro.

Diante de seu perfil arrojado, muita gente vê Eike como arrogante e parece torcer para vê-lo beijar a lona. Num país carente de empreendedores capazes de correr riscos e ter sucesso graças a seu arrojo e tino empresarial, que possam servir de exemplo não apenas para os mais jovens, mas para toda a sociedade, seria uma derrota ver alguém como ele acabar dependendo de favores do governo para sobreviver. Qualquer que seja seu futuro, porém, seu caso trará lições para as novas gerações. Se conseguir se recuperar, ele poderá se tornar um exemplo de como é possível aprender na adversidade e reerguer um império abalado. Ou – caso ele perca, seja obrigado a recorrer ao governo ou a se desfazer de suas empresas – de como o pior inimigo de um homem de negócios pode ser a confiança em si mesmo. Em ambos os cenários, uma coisa sua história já deixou clara: os castelos erguidos no ar e os jardins de Xanadu só existem nos sonhos e nos versos românticos. 
Inferno astral (Foto: reprodução/Revista ÉPOCA)
Fonte:Época